BBB 23: Saiba as lições de marketing digital que podemos aprender

A casa mais vigiada do país e as estratégias que as empresas usam para se destacar.  O reality show Big Brother Brasil 23 tem despertado interesse não apenas pelos acontecimentos dentro da casa, mas também pelas estratégias de marketing utilizadas. Com a polêmica envolvendo uma das maiores patrocinadoras do programa, a empresa Americanas, surgiram questionamentos […]

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A casa mais vigiada do país e as estratégias que as empresas usam para se destacar. 

O reality show Big Brother Brasil 23 tem despertado interesse não apenas pelos acontecimentos dentro da casa, mas também pelas estratégias de marketing utilizadas. Com a polêmica envolvendo uma das maiores patrocinadoras do programa, a empresa Americanas, surgiram questionamentos sobre o que podemos aprender com essas ações.  

Continue lendo o texto a seguir, vamos analisar as principais estratégias de marketing adotadas que pudemos aprender com o BBB. 

O que o BBB ensina sobre marketing? 

O BBB, transmitido pela Rede Globo desde 2002, teve sua edição de 2020 como a mais assistida desde 2010, devido à presença de celebridades e ao contexto da pandemia. 

Uma novidade que surgiu na edição foi o planejamento de vídeos para as redes sociais. A cantora Manu Gavassi criou vídeos para cada situação do programa, como ganhar ou perder uma prova do líder, ganhar o anjo, entre outras dinâmicas. E a influenciadora Bianca Andrade usou a oportunidade para promover seus produtos, programando cada foto publicada nas redes sociais para coincidir com a roupa que usaria no programa. Tudo isso já estava pronto e era publicado enquanto elas estavam confinadas na casa mais vigiada do país. 

Confira a seguir, algumas ações realizadas pelas marcas durante o BBB 23: 

  • Fiat 

Por muitos anos, a Fiat patrocinou o BBB e seus carros eram frequentemente vistos como prêmios em provas. Mas em 2023, um telespectador expressou sua surpresa no Twitter ao notar que a marca não estava sendo anunciada no programa, já que a patrocinadora havia mudado. 

A Fiat respondeu rapidamente presenteando o telespectador com um Fiat Toro zero. Incrível, né? Essa ação criativa e inesperada permitiu que a marca se destacasse nas redes sociais, mesmo sem ser a patrocinadora oficial. 

Empresas como Burger King e Guaraná também entraram na onda e responderam ao mesmo tweet. Isso mostra a importância de ser ágil e flexível para agir em situações como essa. E aí, sua empresa está preparada para lidar com esse tipo de situação? 

  • Braskem 

Pela primeira vez na história do Big Brother Brasil, a conscientização sobre o descarte correto do lixo na casa será promovida por meio de ações comerciais. A Braskem, líder na produção de resinas termoplásticas e a 6ª maior petroquímica do mundo, será responsável por desenvolver iniciativas educativas com os participantes, visando gerar engajamento e incentivar o público a adotar práticas sustentáveis.  

  • Stone 

A Stone lançou uma campanha chamada “Bota pra Girar”, em que uma maquininha gigante cheia de moedas de dinheiro é colocada logo após a eliminação de um participante para mostrar o aumento do prêmio final do programa. Sim, a empresa irá incrementar o prêmio do vencedor adicionando uma quantia extra toda semana. 

Funcionará da seguinte forma: alguns participantes são convidados a dar seus palpites sobre quem será eliminado da casa. Assim, com base na quantidade de acertos a Stone irá aumentar o valor da premiação. 

Embora algumas pessoas nas redes sociais tenham começado a comparar a ação com a série “Round 6” da Netflix, que gerou polêmica, muitos também elogiaram a ideia. Quem sabe essa não tenha sido a estratégia da marca desde o início para gerar comentários? 

  • Ademicon 

Durante uma prova bate-volta, foi necessário que a empresa adotasse a estratégia de utilizar repetidamente sua logomarca e nome na ativação para evitar qualquer confusão com a antiga patrocinadora, a Americanas, que também utiliza a cor vermelha na identidade visual. 

Quanto a Americanas pagava pro BBB? 

A Americanas seria, mais uma vez, uma das principais patrocinadoras do BBB 23, comprando a maior cota que custa cerca de 105 milhões de reais e inclui a participação em provas, festas e ativações pontuais.  No entanto, pouco antes do início do programa, a empresa descobriu uma dívida de 20 bilhões de reais na época, o que a impossibilitou de continuar o investimento de publicidade no BBB. 

Após a retirada do patrocínio da Americanas, o Mercado Livre aproveitou a oportunidade para se tornar o novo patrocinador do BBB e promover sua marca em um dos maiores reality shows do país. 

Quanto custa uma ação de marketing no BBB 23? 

O BBB tem se adaptado às necessidades dos anunciantes, criando novas maneiras de apresentar marcas na tela. Para a edição deste ano, 34 empresas fecharam contratos. A novidade é a Cota de Reciclagem, comprada pela Braskem, que oferece ações especiais relacionadas à sustentabilidade. As ações são divididas em cotas, são elas: 

  • Cota Big (R$ 105 milhões cada cota): Mercado Livre, Seara e Stone; 
  • Cota Camarote (R$ 80 milhões cada cota): Amstel, Downy, Pantene e TikTok; 
  • Cota Brother (R$ 15 milhões cada cota): Ademicon, Hypera Pharma, McDonald’s, PagueMenos e QuintoAndar;
  • Cota Reciclagem (inédita e sem valor informado): Braskem; 
  • Anunciantes (sem valores definidos): Ajinomoto, Carrefour, Chevrolet, Chilli Beans, Claro, Coca-Cola, Doriana, Dove, Estácio, Rexona, Riachuelo, Samsung, Spotify, Vick, entre outras. 

O que podemos aprender com o Big Brother Brasil 23? 

O BBB ensina que é importante estar onde o público está e compreender seu comportamento. A produção do programa se adaptou para se aproximar do público jovem e do TikTok, mudando a música de abertura para um ritmo de funk. Isso permitiu que influenciadores e fãs criassem danças e coreografias para viralizar e gerar mais audiência.  

É uma excelente oportunidade para as empresas inovarem e serem mencionadas nas redes sociais. Elas podem atingir um público mais amplo e fazer com que pessoas que ainda não conheciam a marca passem a vê-la como uma alternativa de compra. Essa exposição ainda permite colocar o nome da marca no Top of Mind das pessoas e torná-la um dos termos mais procurados no Google. 

Apesar da queda de audiência desta edição, é possível extrair importantes lições de marketing. A principal é estar conectado, agir rapidamente e aproveitar as situações enquanto o público está online.  

É possível transformar qualquer comentário a favor da marca e, mesmo sem ser patrocinadora oficial do programa, as empresas podem e devem aproveitar o boom do assunto durante esses meses para gerar discussões, compartilhamentos e virais. Afinal, quem não é visto, não é lembrado! 

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